sábado, 25 de junho de 2011

PRETO E BRANCO



Assisti um filme ruim
Um filme triste
E como de propósito
Reduzi todas as cores
Reduzi à zero, em preto e branco
Percebi que quando o fiz
Pareceu itensificar a ruideza
Para se assemelhar ao que eu sentia
Para ver se era o que parecia
Para ver se era igual a minha tristeza

Não que eu goste do pensamento tristonho
Mas ás vezes "procuro" ficar assim
ficar mal, por querer
talvez pra me conhecer
Ou quem sabe me achar
Naquele momento
meu sorriso, minha alegria
Meus sonhos, eram demais rápidos
até mais que uma piscada em frente ao espelho
E bem menos quentes, que o fogo
fogo em uma folha de caderno

Minha vida entrou em julgamento
O juíz era eu, e eu me condenei
milhares de filosofias e disparos de razão
Transpassaram na minha cabeça
E nada... nada teve sentido algum, oh não!
Nenhuma poesia, nenhuma hist´ria pra contar
Nenhuma auto-ajuda iria me trazer de volta

Hoje eu voltei
Autossuficiente, sabe lá
melhor, ou pior sem saber
mas naquele momento
foi preto e branco
Foi a carne crua, a mente nua
Foi verdade pura
Foi preto e branco, minha vida nula.


Por: IGOR LEITE

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